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 Mulher de Enke: «Ele sofria de graves depressões»

A mulher e o médico assistente de Robert Enke revelaram esta quarta-feira que o ex-guarda-redes do Benfica sofria de «graves depressões». E, para piorar, não cumpria com os tratamentos.

Segundo o clínico, na sua carta de despedida, Enke pede desculpas aos familiares e aos médicos por lhes ter ocultado a sua vontade de se matar.

Já Teresa Enke admitiu que, quando o ex-guarda-redes do Benfica tinha depressões, «era tudo muito difícil, faltava-lhe ânimo, não tinha esperança de se curar e tinha medo que de o público soubesse».

A mulher do guardião referiu ainda que a morte da filha Lara há três anos, de apenas dois anos, piorou ainda mais o seu estado.

«Tentei dar-lhe perspectivas e esperança, dizia-lhe que nem tudo era mau, que havia coisas belas na vida, mas infelizmente não resultou. Pensámos que conseguiríamos com amor a sua recuperação, mas às vezes o amor não basta».

 Mourinho chocado com a morte de Enke

José Mourinho manifestou-se hoje «chocado» e «muito abalado» com a morte do alemão Robert Enke, que foi o seu primeiro guarda-redes enquanto treinador de futebol, no Benfica, no final do ano 2000.

«Estou chocado. Foi uma notícia completamente inesperada, que me deixou muito abalado», disse à Agência Lusa o treinador do Inter, que orientou Enke durante cerca de três meses, na sua curta passagem pelo Benfica, onde se estreou como técnico principal. Mourinho lembrou que Enke foi o seu «primeiro guarda-redes» e sublinhou alguns traços do carácter do jogador, que se suicidou terça-feira perto de Hannover, na Alemanha: «Recordo dele a serenidade, a simpatia, a educação, o profissionalismo, as suas preocupações de carácter social e não só».Diário Digital / Lusa.